Modernização das aplicações

O que é Modernização de Aplicações?

Novas ideias são os primeiros passos para a inovação. No entanto, para modernizar as aplicações com eficácia é necessário um sistema de tecnologia ágil e recursos de análise de dados.

A modernização de aplicações é o processo de transformar os aplicativos legados existentes e modernizar sua infraestrutura de plataforma, arquitetura interna ou recursos.

Essa substituição ou atualização por recursos modernos se alinham melhor às demandas comerciais atuais.

Segundo a Gartner, um sistema legado é qualquer aplicação com base em tecnologias antigas, mas que ainda possuem papel funcional dentro da empresa. Um sistema legado nem sempre é definido pelo tempo de uso. Pode ser devido à falta de suporte ou a incapacidade de atender às necessidades da organização.

Isso pode ser feito de diversas formas, desde desenvolver novos recursos para sistemas já existentes, substituir processos e aplicações por maneiras mais inteligentes de realizar uma tarefa (a Inteligência Artificial, por exemplo, permite automatizar tarefas manuais simples) ou criando do zero aplicações antigas aplicando recursos modernos somente disponíveis agora.

Modernização: todo mundo precisa

A discussão em torno da modernização de aplicações está focada muitas vezes na arquitetura monolítica.

Usando uma analogia não técnica, imagine uma bloco de mármore para esculturas. As formas vão sendo lapidadas e após finalizado é difícil realizar ajustes ou mudanças. Isso é monolítico.

A arquitetura monolítica é um sistema único que não pode ser dividido e roda em apenas um processo. É uma abordagem tradicional que a aplicação de software possui diferentes componentes ligados a um único programa dentro de uma plataforma. Ou seja, quanto maior for a aplicação, maior será a dificuldade para solucionar problemas e adicionar novas funcionalidades rapidamente.

Os aplicativos legados costumam ser monolíticos e possuem duas características que os tornam desejáveis de modernização: são difíceis de atualizar e caros de escalar.

Em contraponto a arquitetura monolítica, surge uma opção mais viável e barata com diversos benefícios: a arquitetura de microsserviços.

Vamos continuar a analogia para você visualizar a diferença: é como se pegássemos a escultura que seria criada e dividirmos em vários pedaços apartados e independentes um do outros.

A arquitetura de microsserviços é a estrutura da aplicação criando uma coleção de serviços. Desta forma, a ideia central é separar os sistemas para que cada um acesse uma camada do banco de dados ou algum serviço externo.

Assim, os componentes são menores, desacoplados e podem ser implantados e escalonados independente uns dos outros. Recursos modernos de Cloud Computing (nuvem) e de Devops, como “infraestrutura como código”, também são parte central da modernização de aplicações.

Arquitetura monolítica x de microsserviços

Fonte: IBM, 2019

Os benefícios da modernização das aplicações geralmente pode ser resumidos em:

– Melhorar a velocidade de entrega de novos recursos;
– Permitir que funcionalidades de aplicativos existentes sejam consumidos via API por outros serviços;
– Mover aplicativos para a nuvem, eliminando a necessidade e custos de administração de um servidor local;
– Melhorar a experiência do cliente final, com aplicações mais fáceis de usar e mais rápidas.
– Tornar a TI mais estratégica para o core do negócio.

No entanto, os desafios da modernização de aplicações, em geral, se resumem em custo e complexidade. Mover uma aplicação local para a nuvem pode representar uma despesa grande para a empresa. Mas, por outro lado, outros aplicativos podem se beneficiar significativamente da reformulação ou da re-arquitetura.

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Assim, a chave para o sucesso na modernização de aplicativos, como quase tudo, se resume à estratégia. Desde a escolha do projeto de modernização até os recursos a serem utilizados na nuvem.

Velocidade, desempenho, escala, passando pelo desenvolvimento de novos recursos, são pontos que determinam o caminho para melhorar a experiência do cliente e o ROI.

Exemplos tangíveis de modernização

A Swiss Re, maior empresa de seguros e resseguros do mundo, se destaca neste mercado altamente competitivo. No seu portfólio há aplicações em microsserviços, como um app de sinistros para seus clientes e um aplicativo que os passageiros cujos voos estão atrasados ​​ou cancelados terão automaticamente uma reclamação registrada em seu nome, que pode ser processada em até uma hora.

Outro exemplo interessante é da Dotz, empresa de programa de fidelidade. Somente com a migração de dados do hardware para a nuvem conseguiu gerar uma redução de custos significativa, economizando R$ 800 mil por ano.

Gatilhos para modernizar

Segundo a Gartner, há seis gatilhos que indicam motivos razoáveis para modernizar os sistemas legados e estão divididos em duas perspectivas: de negócios e de TI.

Negócios
– Adaptação:
novos requisitos da empresa ou do mercado não são atendidos pelo sistema atual. A nova demanda exige informações que não foram previstas na criação do aplicativo ou que são difíceis de implementar usando a solução atual.
– Valor agregado: a aplicação atual não adiciona mais valor ou falta qualidade nas informações que ela disponibiliza.
– Agilidade: a aplicação não é capaz de acompanhar as mudanças impostas pelo mercado, seja pela estrutura ou pelo custo e riscos.

TI
– Custo:
quando o TCO (total cost of ownership) do sistema é maior que o valor que é retornado ou economizado com o uso da ferramenta.
– Complexidade: o sistema atual impacta diretamente na manutenção e no tempo, custos elevados e dificuldade de mudança.
– Risco: quando o sistema representa diversos tipos de riscos, desde segurança, compliance, capacidade de suporte, escalabilidade e escassez de mão de obra por uso de linguagem de programação obsoleta.

Quando é hora de modernizar?

Ainda há vários fatores que podem ser abordados como motivadores para a modernização, incluindo requisitos de manutenção, necessidade de entrega mais rápida, melhor escalabilidade e segurança aprimorada.

A imagem a seguir destaca os principais casos:

Fonte: Codit, 2020

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